sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Fisioterapia Cardiovascular - Avaliação Fisioterápica Cardiovasular


Avaliação Cardiovascular

A Avaliação Fisioterápica Cardiovascular segue os mesmos padrões das demais Avaliações. No entanto devemos incluir tanto na ANAMNESE quanto no EXAME FÍSICO itens específicos de avaliação CARDIOVASCULAR.

A Anamnese deverá ser baseada na coleta dos seguintes dados:
– Queixa principal e duração
– História pregressa da moléstia atual
– Antecedentes pessoais
– Doenças associadas
– Antecedentes familiares
– Dados complementares: prática de atv. Físicas, condições socioeconômicas, ambiente de trabalho (presença de escadas, rampas)

Os Sinais e Sintomas também devem ser coletados, destes podemos citar:
– Tipos Respiratórios (Expiração prolongada, ativa e Respiração Paradoxal)
– Dispnéia
– Dor torácica
– Cianose
– Síncope
– Alterações nas extremidades (edema, baquetemanto digital)
CIANOSE

Dispnéia

Tipos respiratórios


Baqueta de tambor ou Hipocratismo digital ou baqueamento digital


 PALPAÇÃO

A palpação é uma análise sensitiva com contato direto (toque) com o paciente.
Pode-se iniciar a palpação durante a verificação dos sinais vitais:
P.A.: Pressão Arterial

FR.: Frequência Respiratória


FC.: Frequência Cardíaca que pode ser feita pelos seguintes pontos:








Ainda na palpação podemos verificar:

A palpação do precórdio:

Região Precordial (Precórdio): Representa a região na face  anterior  da  parede  torácica  correspondente  à projeção  da  silhueta cardíaca.  Trata-se  de  uma  região quadrangular determinada por quatro pontos: 
o   Ponto A: Borda superior da 3ª cartilagem costal direita entre 1 e 1,5 cm lateral ao esterno;
o   Ponto  B:  Borda  inferior  da  2ª  cartilagem  costal  esquerda entre 1 e 1,5 cm lateral ao esterno;
 o   Ponto  C:  Borda  inferior  da  6ª  cartilagem  costal  direita  entre  1  e  1,5  cm  lateral  ao  esterno,  na  altura da sincondrose xifoesternal; 
o   Ponto  D:  5º  espaço  intercostal  esquerdo  na  LMC.  Conhecido como Ictus cordis.   



O Íctus Cordis: 

Também conhecido como impulso apical ou choque da ponta, traduz o contato da porção anterior do ventrículo esquerdo com a parede torácica, durante a fase de contração isovolumétrica, do ciclo cardíaco. Localiza-se no    espaço  intercostal  na  LMC.  Durante  a  sístole,  o  coração  faz  um  movimento  de  torção  e  sua  ponta causa  uma  impressão  na  parede  anterior  do  tórax.  É palpável no indivíduo longilíneo, e não ultrapassa duas polpas  digitais  de  medida.  Se  ultrapassar,  indica  uma possível hipertrofia de câmara cardíaca.




Palpação dos frêmitos:





 AUSCULTA

A ausculta cardíaca é parte fundamental não somente do exame  cardiovascular, mas também do exame clínico geral. Através dela, é possível realizar o  diagnóstico, e muitas vezes, avaliar a gravidade da enfermidade apresentada pelo  paciente. Contudo, cabe a observação de que a ausculta somente é parte de um  exame muito mais amplo, que engloba a anamnese e a avaliação dos diversos outros  sistemas presentes no organismo humano

Em posse do estetoscópio, pode-se começar a ausculta. Mas onde auscultar ?  Para direcionar o exame físico, existem áreas onde fenômenos originados de  determinadas estruturas do coração são melhor percebidas. Estes são os focos de  ausculta. Portanto, o foco aórtico é o local no precórdio onde os fenômenos originados da valva aórtica são melhor auscultados, e isso se repete para os demais focos. O  focos clássicos estão mostrados na figura abaixo (juntos de outros), sendo eles:

- Foco Aórtico (valva aórtica): segundo espaço intercostal na linha paraesternal direita.
- Foco Pulmonar (valva pulmonar): segundo espaço intercostal na linha  paraesternal esquerda.
- Foco aórtico acessório (melhor local para ausculta da Insuficiência Aórtica): terceiro espaço intercostalna linha paraesternal esquerda.
- Foco tricúspide (valva tricúspide): borda esternal esquerda inferior

- Foco mitral (valva mitral): quinto espaço intercostal na linha hemiclavicular  esquerda.

Procedimento do Exame

Inicia-se o exame pelos focos da base do coração (aórtico e pulmonar) ou pelos do ápice cardíaco (mitral e tricúspide), contanto que não deixe de examinar nenhum dos focos. O primeiro passo após posicionar o estetoscópio no tórax do paciente é identificar o que é a primeira bulha (fechamento da valvas atrioventriculares) e o que é a segunda bulha (fechamento das semilunares). A melhor forma para tal é palpar a artéria carótida do paciente ao mesmo tempo que ausculta-o. A bulha que coincide com o pulso da artéria é a B1. Outra forma de fazer essa diferenciação, que requer mais experiência por parte do examinador, é avaliar a característica auscultatória de B1, que é um som mais suave e prolongado, como uma batida de surdo (“Tum”), e de B2, que é um som mais seco (“Tá”). Após identificar esses sons, pode-se identificar a sístole auscultatória, que é o período entre B1e B2, e a diástole auscultatória, que compreende o espaço entre B2 e B1.
Realizado esse passo, o examinador está apto a localizar qualquer som dentro do ciclo cardíaco, o que essencial para a correta compreensão do mesmo. A partir  desse momento o examinador deve-se perguntar:
1. O ritmo é regular ?
2. Como estão as Bulhas ? Hiper ou Hipofonéticas ? Desdobradas
? Apresenta B3 ou B4 ?
3. Como está a sístole ? Tem Sopro ? Click ? Atrito ?
4. Como está a diástole ? Tem Sopro ? Estalido ? Atrito?

Primeira Bulha
A primeira bulha (B1) é um som de curta duração originado do fechamento das  valvas atrioventriculares, mitral (M1) e tricúspide (T1). É melhor percebida com o paciente em decúbito dorsal, com o diafragma do estetoscópio nos focos mitral e tricúspide. Como dito anteriormente, é identificada por ser a bulha que coincide com o pulso carotídeo.

Segunda Bulha
A segunda bulha cardíaca (B2) é um som de curta duração, que é gerado pelo  fechamento das valvas semilunares, aórtica (A2) e pulmonar (P2). É usualmente  examinada com o paciente em decúbito dorsal, mas muitas vezes precisa-se examiná-la com o paciente sentado, por exemplo para avaliação de desdobramentos e do sopro  da insuficiência aórtica. Para o exame, usa-se o diafragma do estetoscópio posicionado nos focos aórtico (A2) e pulmonar (P2). Ao exame, ela é a bulha que não coincide como impulso do pulso carotídeo. Normalmente, a ausculta de B2 no foco aórtico (A2) gera um som de maior intensidade do que quando ausculta-se B2 no foco pulmonar (P2), ou seja, o componente aórtico de B2 é normalmente mais intenso que o componente pulmonar, daí retira-se a “regra” A2>P2. Isso se explica porque as pressões que a valva aórtica suporta são muito maiores que aquelas presentes no lado pulmonar. Quando no exame encontra-se P2>A2 significa que a circulação pulmonar encontra-se com uma pressão muito aumentada, caracterizando um quadro de Hipertensão Arterial Pulmonar.

Terceira Bulha

Quarta Bulha





quarta-feira, 20 de agosto de 2014

CURSO DE BANDAGEM ELÁSTICA E TERAPÊUTICA com o Prof. Esp. Andre Velano (Teófilo Otoni ~MG)



Neuroanatomia - Medula espinhal


Generalidades: A Medula Espinhal (ME) e seus nervos associados têm imensa importância funcional. Essas estruturas atuam para:
· Receber fibras aferentes, oriundas de receptores sensoriais do tronco e membros;
· Controlar os movimentos do tronco e membros;
· Fornecer inervação autonômica para a maioria das vísceras;
· Também é um centro reflexo.

II. Conceito
É um dos órgãos que constituem o SNCentral, localizado dentro do canal vertebral (não o ocupando totalmente) e que mede aproximadamente 45 cm. Trata-se de uma estrutura que pouco se modifica desde sua formação embrionária. É um órgão aproximadamente cilíndrico, porém levemente achatado anteriormente, é a porção alongada do SNC, é a continuação do encéfalo, que se encontra no interior da coluna vertebral. Ela estende-se do forame magno (abertura do osso occipital) até a parte superior da 2ª vértebra lombar. Cranialmente limita-se com o bulbo e caudalmente ela vai se afilando para formar um cone, o cone medular, que continua com um delgado filamento meníngeo, o filamento terminal.




  
III. Alguns termos importantes
1 - Decussação: formação anatômica constituída por fibras nervosas que cruzam obliquamente o plano mediano.
2 - Comissura: formação anatômica constituída por fibras nervosas que cruzam transversalmente o plano mediano.
3 - Fibras de Projeção: associam pontos distantes, em órgãos diferentes. Ex: pedúnculos cerebelares.
4 - Fibras de associação: associam pontos distantes , mas sem abandonar o mesmo órgão. (dentro da mesma estrutura).

IV. Morfologia externa
1- Limites:
1.1 - Superior: plano horizontal que passa acima da primeira raiz nervosa do primeiro nervo espinhal (bulbo) que passa ao nível do forame magno.
1.2 - Inferior: termina em nível de L1 à L2.

2 - Dilatações: o diâmetro da ME varia muito em diferentes níveis. Apresenta duas dilatações, formadas pelo maior número de corpos de neurônios e fibras nervosas que formam os plexos.
2.1 - Intumescência cervical: é a dilatação da medula espinhal na região cervico-torácica devido o aumento do número de neurônios cujas fibras nervosas vão constituir os nervos destinados ao pescoço e membros superiores (plexo braquial). Estende-se de C3 à T1.
2.2 - Intumescência lombar: é a dilatação da medula espinhal na região lombossacral devido o aumento do número de neurônios cujas fibras nervosas vão constituir os nervos destinados aos membros inferiores (plexo lombossacral). Estende-se de L1 a S2.

3 - Cone medular: extremidade caudal da ME em forma de cone.

4 - Fio terminal: é um prolongamento da pia-máter que estende-se do cone medular até o
fundo do saco dural.

5 - Filamento da dura- máter espinhal: é a continuação do fio terminal quando ultrapassa o
saco dural.

6 - Cauda eqüina: raízes nervosas dos últimos nervos espinhais ( de L2 a S4 ).

7 - Sulcos:
A superfície da ME é marcada por uma série sulcos longitudinais:
7.1 - Fissura mediana anterior - na superfície anterior.
7.2 - Sulco mediano posterior - na superfície posterior.
7.3 - Sulcos lateral anterior - saída das raízes ventrais dos nervos espinhais.
7.4 - Sulcos lateral posterior- entrada das raízes dorsais dos nervos espinhais.
7.5 - Sulco intermédio - na superfície posterior, estendendo-se dos níveis cervicais superiores até os torácicos médios.

8 - Funículos:
A substância branca circundante é formada, em sua maior parte, por fibras nervosas de curso longitudinal, ascendendo da ME para o encéfalo, ou descendo do encéfalo para os diferentes níveis da ME.
8.1 - Anterior - entre a fissura mediana e o sulco lateral superior.
8.2 - Lateral - entre sulcos lateral anterior e posterior.
8.3 - Posterior - entre sulcos lateral posterior e mediano posterior.
Subdividido em ( de C1 até C6 ) :
8.3.1 - Fascículo grácil
8.3.2 - Fascículo cuneiforme


.
9 - Substância Cinzenta : tem a forma de um “H”, com 4 protusões, os cornos (pontas).
9.1 - Cornos posteriores: local principal de terminação das fibras aferentes.
Ela inclui a substância gelatinosa, que tem participação importante na transmissão de impulsos nociceptivos para o encéfalo.
9.2 - Cornos anteriores: corpos celulares dos neurônios motores inferiores, que inervam os músculos estriados.
9.3 - Cornos laterais: neurônios pré-ganglionares simpáticos. De T1 a L2 e parte sacral.



V. Envoltórios medulares (meninges):

1 - Conceito: são três revestimentos meníngeos concêntricos. Membranas de tecido conjuntivo fibroso.

2 - Tipos:
2.1 - Dura-máter: paquimeninge - o revestimento mais externo. É uma membrana grossa e fibrosa - fibras colágenas.
2.1.1 - Saco dural - termina próximo em nível da vértebra S2.
2.1.2 - Filamento da dura-máter espinhal - é o fio terminal assim que atravessa o saco dural.
2.1.3 - Ligamento coccígeo - fixa tanto a ME quanto o saco dural.
2.2 - Aracnóide: leptomeninge - intermediária. É uma membrana translúcida que reveste a ME como se fora um saco frouxo.
2.2.1 - Trabéculas aracnóideas - rede filamentosa de fibrilas de tecido conjuntivo formada pela união da aracnóide pela pia-máter no período embrionário.
2.3 - Pia-máter: leptomeninge - revestimento mais interno. É uma fina membrana vascular, intimamente aplicada à superfície da ME e de suas raízes nervosas.
2.3.1 - Ligamentos triangulares - ancoram a ME à aracnóide e, por meio desta, à dura-máter.
2.3.2 - Ligamentos denteados dois ligamentos formados pela união dos ligamentos triangulares.


Funções da medula espinhal: 
a medula conduz impulsos sensitivos da periferia do corpo ao encéfalo e respostas do encéfalo à periferia do corpo. Ela também serve como centro reflexo. Os reflexos respondem automaticamente a um estímulo que passa ao longo de um arco reflexo. Os reflexos são os principais mecanismos do corpo pra responder à estímulos dos meios interno e externo.
3 - Espaços entre as meninges:
3.1 - Epidural (extra-dural) - entre a duramáter e o periósteo do cacentral vertebral contém gorduras e vasos sanguíneos.
3.2 - Sub-dural - entre a dura máter e aracnóide (pouco líquido).
3.3 - Subaracnóideo - entre a aracnóide e a pia- máter (contém líquido cérebro-espinhal - Líquor); mais importante - explorado clinicamente na região lombar (punções, medida de pressão, anestesias raquidianas, mielografias).





VI. Nervos espinhais:
1 - Conceito: São cordões esbranquiçados que emergem da medula espinhal e através dos forames intervertebrais deixam a coluna vertebral. São em número de trinta e um (31) pares responsáveis pela inervação do tronco, dos membros e de parte da cabeça.
Nervos espinhais: são aqueles que se ligam a medula espinhal e são responsáveis pela inervação do tronco, dos membros superiores e de partes da cabeça. Formam um total de 31 pares divididos em:
- 8 pares cervicais
- 12 pares torácicos
- 5 pares lombares
- 5 pares sacrais
- 1 par coccigeano

2 - Formação: o nervo é composto de duas raízes:
2.1 - Raiz dorsal - sensitiva, fibras aferentes (posterior).
2.1.1 - Gânglio sensitivo ( corpos de neurônios ).
2.2 - Raiz ventral - motora, fibras eferentes (anterior).
2.3 - Tronco do nervo : da união da raiz dorsal com a raiz ventral, forma- se o tronco do nervo espinhal. Imediatamente após saírem dos forames intervertebrais, se dividem para formar.

2.4 - Ramo dorsal (posterior e fino) - inervará a pele e musculatura do dorso.
2.5 - ramo ventral (anterior e bem mais grosso ) - Inerva os músculos, a pele da parte anterior do corpo e os membros.
* Ambos os ramos são funcionalmente mistos.




VII. Topografia vertebromedular:

1 - Conceito de segmento medular : porção onde ocorre a conexão da medula com os filamentos radiculares. Cada porção da ME da onde origina um par de nervos espinhais.
2 - Crescimento da coluna vertebral em relação ao da medula espinhal.
2.1 - Fetal- do tamanho da coluna vertebral
2.3 - Nascimento- na altura de L3
2.4 - Adulto- na altura das L1 e L2

3 - Interpretação da topografia vertebro-medular:
3.1 - Entre C2 e T10 - soma-se 2
3.2 - Entre T11 e T12 - corresponde aos cinco segmentos lombares
3.3 - Na vertebra L1 - corresponde aos cinco segmentos sacrais
3.4 - Na vertebra L2
4 - Tratos : Pequenos feixes de fibras no interior dos funículos :
4.1 - Tratos ascendentes (sensitivos): Conduzem impulsos sensitivos aferentes, dos receptores periféricos para os centros encefálicos; todos cruzam a linha mediana.
4.1.1 - Fascículos Grácil e Cuneiforme: Sentidos de posição dos ossos, das articulações e dos músculos (propriocepção consciente), estereognosia e sensibilidade vibratória e tato epicrítico (fino).
4.1.2 - Tratos espinotalâmicos : dor, temperatura, tato, pressão.
4.1.3 - Tratos espino-cerebelares: propriocepção inconsciente.
4.2 - Tratos descendentes (motores): levam o impulso do cérebro para os neurônios motores que regulam a musculatura esquelética.
4.2.1- Tratos Piramidais (Córtico- espinhais) : originam-se de células piramidais no córtex do giro pré central e passam pelas pirâmides do bulbo; controle voluntário dos músculos esqueléticos , especialmente movimentos de precisão.
4.2.2- Tratos extrapiramidais: Originados de vários núcleos do tronco encefálico; modificam as contrações musculares para a postura em equilíbrio.



Neuroanatomia - Origem do sistema Nervoso

Origem do Sistema Nervoso

          O sistema Nervoso é originado a partir do folheto embrionário mais externo, o Ectoderma. Por sua vez o Ectoderma sofre uma pequena invaginação dando origem à Placa Neura (A), que dará origem ao Suco Neural (B), que dará origem à Goteira Neural (C) e em seguida formará o Tubo Neural (D).

          O Tubo Neural
          A formação do Tubo Neural é caracterizada pelo fechamento da Goteira Neural, neste momento o embrião encontra-se com aproximadamente 22mm. Neste fase ainda podemos encontrar dois orifícios importantes que são denominados neuróporo rostral e neuróporo caudal, estas são as últimas estruturas do Sistema Nervoso a se fecharem.


 O Tubo Neural, por sua vez vai sofrer algumas dilatações, onde a parte cranial, que dá origem ao encéfalo do adulto, torna-se dilatada e constitui o encéfalo primitivo, ou arquencéfalo, e a parte caudal dá origem à medula primitiva do embrião e espinhal do adulto.
No arquencéfalo distinguem-se inicialmente três dilatações, que são as vesículas encefálicas primordiais, denominadas: Prosencéfalo, Mesencéfalo e Rombencéfalo.
Com o subsequente desenvolvimento estas vesículas se desenvolvem até formarem as estruturas anatômicas do Sistema Nervoso Central.




Cabe ainda ressaltar que durante o desenvolvimento das diversas partes do arquencéfalo surgem flexuras ou curvaturas no seu teto ou assoalho. 
A primeira flexura a aparecer é a flexura cefálica, que surge na região entre o mesencéfalo e o prosencéfalo. Logo surge, entre a medula primitiva e o arquencéfalo, uma segunda flexura, denomina flexura cervical. Ela é determinada por uma flexão ventral de toda a cabeça do embrião na região do futuro pescoço. Finalmente aparece uma terceira flexura, de direção contraria as duas primeiras, no ponto de união entre o meta e o mielencéfalo: a flexura pontina. Com o desenvolvimento, as duas flexuras caudais se desfazem e praticamente desaparecem. Entretanto, a flexura cefálica permanece, determinado, no encéfalo do homem adulto, um ângulo entre o cérebro, derivando do prosencéfalo, e o resto do neuro-eixo.



Divisão do Sistema Nervoso com base em critérios ANATÔMICOS:

O Sistema Nervoso Central é aquele localizado dentro do esqueleto axial (cavidade craniana e canal vertebral); o sistema nervoso periférico é aquele que se localiza fora deste esqueleto.O encéfalo é à parte do sistema nervoso central situado dentro do crânio neural; e a medula é localizada dentro do canal vertebral. O encéfalo e a medula constituem o neuro-eixo. No encéfalo temos cérebro, cerebelo e tronco encefálico. Pode-se dividir o sistema nervoso em sistema nervoso da vida de relação, ou somático e sistema nervoso da vida de relação, ou visceral. O sistema nervoso da vida de relação é aquele que se relaciona com organismo com o meio ambiente. Apresenta um componente aferente e outro eferente. 
O componente aferente conduz aos centros nervosos impulsos originados em receptores periféricos, informando-os sobre o que passa no meio ambiente. 
O componente eferente leva aos músculos estriados esqueléticos o comando dos centros nervosos resultando em movimentos voluntários. 
O sistema nervoso visceral é aquele que se relaciona com a inervação e com o controle das vísceras. 
O componente aferente conduz os impulsos nervosos originados em receptores das vísceras a áreas especificas do sistema nervoso. 
O componente eferente leva os impulsos originados em centros nervosos ate as vísceras. Este componente eferente é também denominada de sistema nervoso autônomo e pode ser dividido em sistema nervoso simpático e parassimpático.





Divisão Funcional do Sistema Nervoso:

Funcionalmente, é dividido em SN da vida de relação ou somático e SN da vida vegetativa ou visceral. 
SN da vida de relação: relacionam o organismo com o meio ambiente; apresenta aferências e eferências. As aferências levam os impulsos nervosos do receptor periférico para o SNC, informando assim, o que acontece no meio ambiente. As eferências levam aos músculos estriados esqueléticos as respostas do SNC, resultando assim, os movimentos voluntários;
 SN visceral (SNV): relaciona o SNC com as estruturas viscerais, integrando vísceras, mantendo a homeostasia. Também possui aferências e eferências. As aferências conduzem os impulsos nervosos originados em víscero-recptores às áreas somatotópicas do SN. As eferências levam os impulsos dos centros nervosos até as vísceras. O componente eferente do SNV é chamado SNA, que, por sua vez, pode ser dividido em simpático e parassimpático.




Divisão segmentar ou metameria:

Essa divisão consiste em SN segmentar e supra-segmentar.
SN segmentar: constituído pelo SNP, medula espinal e tronco encefálico. A substância cinzenta pode estar dentro da substância branca. Não existe córtex;
SN supra-segmentar: constituído pelo cérebro e cerebelo. A substância branca localiza-se internamente e a cinzenta externamente formando uma fina camada, o córtex.
Essa divisão é baseada em aspectos estruturais e funcionais